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 DEFESA EM FOCO

Indústria de Defesa

Helibras inaugurará nova linha produção de helicópteros

A nova fábrica se destinará à montagem dos novos helicópteros militares EC725, que serão vendidos à Força Aérea do Brasil, além do modelo AS350 Esquilo

Divulgação

helicóptero helibras

Helibras: Metade das peças do novo helicóptero militar será fabricada no Brasil e o restante, na França,

nas instalações da Eurocopter

 

Rio de Janeiro - A brasileira Helibras, filial da fabricante Eurocopter, inaugurará uma nova linha de produção de helicópteros militares no próximo dia 2 de outubro, informou nesta terça-feira a empresa.

A inauguração do novo hangar da fábrica, na cidade de Itajubá, em Minas Gerais, contará com a presença de autoridades locais e do executivo-chefe da Eurocopter, Lutz Bertling, segundo um comunicado.

A nova fábrica se destinará à montagem dos novos helicópteros militares EC725, que serão vendidos à Força Aérea do Brasil, além do modelo AS350 Esquilo.

Metade das peças do novo helicóptero militar será fabricada no Brasil e o restante, na França, nas instalações da Eurocopter.

As Forças Armadas brasileiras compraram 50 unidades do EC725 por US$ 2,45 bilhões, segundo um contrato assinado em 2008.

O investimento no novo hangar chegou a US$ 208 milhões e incluiu a construção de um banco de testes, um simulador de voo e instalações auxiliares.

Quando o contrato foi assinado, em 2008, a fábrica da Helibras tinha 300 trabalhadores; hoje o quadro de funcionários já foi ampliado para 700 pessoas e chegará a cerca de mil em 2017.

A Helibras também prevê produzir a versão civil do EC725, que se chamará EC225 e servirá para operações de transporte de equipes a plataformas petrolíferas em alto mar.

 

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Vem aí disputa sobre satélites de comunicação

25/09/2012

As notícias da área bélica só ganham as manchetes nos grandes eventos. No dia a dia, são citadas em sites especializados e revistas internacionais. No Brasil, os comentários de bastidores estão pegando fogo. Há críticas de todo lado, por se considerar que, na escolha da empresa responsável pelo Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), o governo optou pela Savis, desconhecida empresa do grupo Embraer. Os especialistas dizem que foi outra empresa do grupo Embraer, a Atech S/A, quem fez o projeto básico do empreendimento. Como diria Arnaldo Cézar Coelho, a lei - de licitações, a 8.666 - é clara: quem fez o projeto básico, não pode participar da licitação principal, pois teria enormes vantagens em relação aos concorrentes.

A própria Embraer emitiu comunicado, informando a vitória do consórcio Tepro - formado por suas coligadas Savis, Orbi Sat e Harpia. Participaram da licitação inúmeros consórcios, entre os quais gigantes como Odebrecht, Queiróz Galvão, Andrade Gutierrez - esta junto com a francesa Thales, a antiga Thomson - OAS, Sinergy - de German Efromovich - em associação com a Embratel, do homem mais rico do mundo, Carlos Slim. Cada processo teria 20 mil páginas, tendo tudo sido julgado em apenas 16 dias úteis. O editor do site Defesanet, Nelson During, afirmou: "As empresas, temerosas de questionar o Exército Brasileiro ou a Embraer Defesa e Segurança, tendem a aceitar a decisão".

No setor, teme-se que a Embraer saia na frente em outros projetos bilionários, como ocorrerá brevemente com satélites de comunicação. O Sisfron envolve R$ 12 bilhões, mas a parte agora entregue à Embraer se limita a R$ 1 bilhão. A Embraer tem 51% da Visiona, empresa criada para tratar de satélites geoestacionários. Questiona-se, no mercado que, como 49% da Visiona pertencem ao governo - via Telebrás - essa empresa tenha status especial em Brasília, ou seja, que venha a ser tida como quase estatal.

Uma fonte explica à coluna ser admissível, no mercado mundial, a GFEs, ou seja, empresas que o governo exige que sejam utilizadas - na sigla em inglês para government furnished equipment. A Embraer comprou a Orbisat após esta ter ganho contrato de produção de radares. Como o Exército desenvolveu excelentes radares - Saber M60 e Saber M200, além do Sentir - a força armada tem o direito de impor a Orbisat. O que setores políticos temem é que, em vez de diversas empresas estratégicas de defesa (EED), como criado por lei, surja uma empresa semi-estatal de Defesa, a Embraer misturada com a Telebrás - recebendo consentimento tácito de parte do Governo Federal.


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