Celso Amorim apoia aumento do investimento brasileiro na defesa para 2% do PIB
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O ministro da Defesa Celso Amorim declarou nesta terça-feira 0 que o investimento na área deveria aumentar para 2% do Produto Interno Bruto (PIB) para garantir a capacidade das Forças Armadas na "defesa da soberania".
Durante audiência pública da comissão de defesa da Câmara, Amorim relatou que o investimento em defesa aumentou nos últimos anos e está atualmente em torno de 1,5% do PIB, mas abaixo da média mundial, que calculou em 2,5%.
"Naturalmente, em um país como o Brasil, que está erradicando a pobreza, as despesas em defesa são objeto de uma apuração atenta pela sociedade", declarou o ministro, que considerou ser uma prioridade lógica que seja assim.
Amorim apontou que "o investimento em defesa não pretende concorrer com outras áreas de ação do governo, como a social", mas deve ser encorajada, pois, "se um país não tem capacidade para defender sua soberania, não terá uma sociedade realmente livre e independente".
O ex-ministro ministro das Relações Exteriores durante o governo Lula ressaltou que a política externa do Brasil "está voltada para a paz e o desenvolvimento". Mas ressaltou que "nossa política externa é voltada para a paz e o desenvolvimento mas, mesmo um país pacífico como o Brasil não pode descartar a hipótese de ser afetado por ações armadas de potências extrarregionais ".
Como o Brasil é "uma potência nas áreas de alimentos, meio ambiente e energia", o ministro argumentou que "estas são as áreas em que a escassez de recursos pode gerar crises, como reconhecem conceituadas entidades de diversos países".
Segundo o ministro, "o fato de não ter inimigos declarados hoje não exime ao país do risco de conflitos", e que "devem se criar as condições necessárias para que a indústria de defesa do país prospere, e possa garantir a plena defesa da soberania nacional".